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MANGA-LARGA MARCHADOR: Conheça a história da raça.

  • Foto do escritor: Farmbr Progress
    Farmbr Progress
  • 12 de dez. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de jan. de 2023


A raça brasileira Manga-Larga Marchador é uma das mais populares, responsável por compor a maior parte do rebanho de equinos no País. São animais de porte elegante e de temperamento dócil que se destacam pelo seu andamento macio e marcado pelo contato constante dos membros com o solo, sem fase de suspensão.


Neste artigo, entenda um pouco mais sobre essa raça tipicamente brasileira, de cavalos belos, inteligentes, versáteis e super resistentes.


A história do Manga-Larga Marchador

O Manga-Larga surgiu no Brasil há mais de 200 anos, na região Sul do Estado de Minas Gerais. A raça descende do cruzamento da raça Alter-Real com outros cavalos selecionados pelos criadouros da região mineira.

Os primeiros exemplares da raça Alter – cuja base de formação é a raça espanhola Andaluz – chegaram ao Brasil em 1808, trazidos pela corte real portuguesa e por D. João VI, que investiu na criação e no aprimoramento da raça.

Foi na fazenda do barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, que um garanhão da raça Alter-Real acasalou com éguas marchadoras nativas da região, denominadas de crioulas. Ali se deu o berço do Marga-Larga.

Os novos animais foram selecionados pelo sobrinho do barão, que praticava caça de veados. Como a atividade é feita por trajetos de longas distâncias, desfiladeiros e serras, a resistência e a andadura dos animais chamaram a atenção. O percurso se tornou mais macio e cômodo.

Acredita-se que o nome Manga-Larga tenha sido uma homenagem ao proprietário de uma fazenda que adquiriu alguns animais para passeio. Quando as pessoas se interessavam pelos animais, indicavam a “fazenda do Mangalarga”.


A morfologia do Manga-Larga Marchador

O Manga-Larga apresenta cabeça em formato triangular, de tamanho médio, larga e plana, com perfil retilíneo sub-côncavo. As narinas e os olhos grandes são afastados, as orelhas têm tamanhos médios e são separadas – suas pontas são voltadas ligeiramente para dentro. O pescoço tem forma piramidal e comprimento médio.

A altura ideal para os machos da raça é 1,52m e, para as fêmeas, 1,46m. Mas, para registro, os machos podem ter entre 1,47m e 1,57m e as fêmeas entre 1,40m e 1,54m. O Manga-Larga tem musculatura forte.

O tronco apresenta o costado convexo e as costelas são bem arqueadas. A cernelha é alta, comprida, musculosa e bem definida. O dorso tem comprimento médio, reto, bem sustentado e ligado de forma harmoniosa à cernelha e ao lombo. Sua garupa é longa, proporcional, musculosa e levemente inclinada.

A pelagem do Manga-Larga Marchador

A raça tem pelagens diversificadas – são admitidas todas as tonalidades, exceto a pelagem branca e despigmentada. Há mais de 50 variações de cores de pelagens. A mais comum e, consequentemente, mais registrada, é a tordilha: quando há interpolação de cores por todo o corpo do animal, desde a crina até a cauda – um mesmo fio pode ter dois ou mais tons. Confira outras pelagens:

Castanha: os pelos da cabeça, do tronco e do pescoço são avermelhados enquanto a crina, a cauda e as extremidades são pretas.

Alazã: a cor do corpo todo é avermelhada, incluindo a crina, a cauda e as extremidades.

Outros exemplos são o baio, o preto, o palomino, o lobuno, o rosilho e o tobiano.

Como os Mangas-Largas se comportam

São animais resistentes, ágeis, que apresentam versatilidade, boa conformação e andamento marchado macio e com comodidade para o cavaleiro. São cavalos especialmente de sela e se destacam em cavalgadas e campeonatos de marchas nos quais o principal ponto avaliado é a qualidade de marcha relacionada à comodidade – por exemplo, nas provas de enduro equestre, em razão de sua resistência, e nas cavalgadas.

Os Mangas-Largas podem apresentar dois tipos de marcha: a marcha picada, em que há deslocamento intercalado em apoios bipedais (laterais e diagonais) e tripedais, e a marcha batida, em que há apoios diagonais e tríplices, que ocorrem em frações de segundos.

Ao contrário do trote, em ambas as marchas há o contato constante com o chão e o animal sempre fica com dois ou três membros apoiados. Por tudo isso, é importante que os animais apresentem uma boa morfologia, pois ela está diretamente ligada à sua qualidade de marcha.

Fonte: Univitta

Artigo: Tamiris Lima

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